Associação de Mulhere e Mães de Autistas do Maranhão se Reúne em Bacabal

Mães atípicas se sentem valorizadas pela entidade

Pedreiras, Lima Campos e Trizidela do Vale são premiados com Selo de Referência em Atendimento pelo Sebrae

A Sala de Pedreiras ganhou Selo Ouro

Programa Saúde Ocular Beneficia Cerca de 200 Crianças em Bacabal

Programa é uma parceria entre as secretarias de Educação e Saúde

Sessão Solene na Câmara Municipal de Bacabal Celebra o Dia Internacional da Mulher

Vereadoras Nathália Duda e Regilda Santos conduzem Sessão Solene

quinta-feira, 26 de abril de 2012

NÓS MATAMOS DÉCIO SÁ

Ainda estou em transe! Como sou muito passional a todo o momento me pego chorando. Não consegui dormir ontem, não almocei e só consegui comer um pouco no jantar. Meu estômago dá voltas, tenho náuseas e depois de tudo o que aconteceu, só tenho duas certezas:
1ª) eles não vão NUNCA me fazer ter medo.
2ª) eles não vão conseguir nos calar. NUNCA!!
Eu não vou ficar aqui tentando ensinar a polícia a fazer seu trabalho e dizer o que fazer para que peguem os assassinos do meu amigo, jornalista Décio Sá. Eles têm lá suas técnicas e, quando querem, chegam aos culpados. Também a mim não cabe fazer elucubrações para desvendar os motivos do assassinato do “detonador” – como ele gostava de ser chamado. Para mim ele está muito claro: seu trabalho profícuo, corajoso, determinado e leal aos princípios do verdadeiro jornalismo investigativo.
Décio trabalhava muito. Suas fontes eram preciosíssimas. E se engana quem pensa que elas vinham apenas de dentro do grupo político no qual gravitava tanto como amigo da governadora Roseana Sarney, do irmão dela, Fernando e do cunhado, Ricardo Murad, quanto pelo fato de ser empregado nas empresas da família Sarney. As fontes de Décio também vinham dos adversários na política da mesma família. No período em que atuei nos bastidores para combater o esbulho político que foi a eleição de Jackson Lago, montado no esquema de um bilhão de reais de José Reinaldo, não raro vi Décio atender na sala em que eu trabalhava, na Assembleia Legislativa, ligações de desafetos de seus patrões, como Roberto Rocha, Rodrigo Lago, etc. A agenda de contatos – e de fontes potenciais – de Décio era talvez mais completa do que a do Cerimonial do Palácio dos Leões.
Décio tinha lado e era fiel a esse seu grupo. E ai de quem disser para mim que jornalista deve ser imparcial. O extraordinário jornalista Ricardo Kostcho, que foi porta-voz do ex-presidente Lula, ensinou certa feita que “Jornalista, ao contrário do que a hipocrisia de muitos quer negar, também tem lado, time, partido, igreja, amigos, alma e coração. Não somos robôs da notícia. Nunca escondi o que penso e sinto. O leitor tem o direito de saber com quem está falando”. Se era fiel ao grupo Sarney, também o era no subgrupo que se digladia para suceder Roseana: estava com o ministro Edson Lobão e contra Luís Fernando Silva, que tem a simpatia de Jorge Murad, marido de sua patroa, Roseana. Nesse grupo Décio era visto com profunda antipatia, principalmente quando publicava informações sempre verdadeiras sobre a visão caolha de Luís Fernando fazer política. Nesse grupo, o porta-voz era seu colega de redação no EMA e desafeto pessoal Marcos D’Eça. Ambos trocavam acusações e, muitas vezes, ofensas, em seus respectivos blogs.
O brutal, covarde, insano e estúpido assassinato de Décio Sá, me deixou atônito, estupefato, chocado e revoltado. Mas não com medo. Eu não tenho medo de covardes. Eu tenho medo é de ser silente, conivente, cúmplice dessa escória que procura fazer fortuna roubando, corrompendo, matando pais de família e deixando órfã uma sociedade impotente e perplexa. Eu tenho medo é que continue vingando a posição daqueles que, detentores de deformidades de caráter permanente, se locupletam no poder econômico, crescem no submundo político e, comprando consciências e condescendências no Judiciário, sentem-se semideuses, capazes de dispor da vida de seres humanos que, com certeza, não são seus semelhantes.
Tenho certeza em que neste momento em que choro a perda de um amigo e o sério golpe na liberdade de Imprensa que há três gerações move e é tão cara à minha família, alguns dos que estão na agenda de Décio abrem garrafas de champanhe. São bandidos morais e, muitos, de fato.
Mas quem matou Décio não foram os dois bandidos de aluguel que o fuzilaram no dia do Santo Guerreiro, São Jorge. Não foram só eles e os mandantes. Há muita gente que ajudou a apertar o gatilho daquela pistola .40 e ceifou a vida de Décio.
O Governo do Estado ajudou a matar um cidadão. Embora palco de vários assassinatos, assaltos e acidentes violentos, a Avenida Litorânea não tem um policiamento ostensivo. O secretário de Segurança, que agora aciona sua tropa de elite para procurar os assassinos, não tem uma política séria e atuante de prevenção de crimes. São coisas do passado até as barreiras policiais que existiam nos retornos e nas áreas mais violentas da cidade.
Também apertou aquele gatilho a Prefeitura de São Luís, hoje entregue a um dinossauro político que não se deu conta que seu tempo é pretérito e que a instituição que herdou num golpe de estupidez política da população não é cabide de emprego para mimar sua filha e nem um cofre sem fundo onde o princípio básico é limpá-lo até onde puder.
Tivesse nosso alcaide acordado de sua iniquidade e mandado instalar câmeras de vigilância na Litorânea, a principal via turística de São Luís não teria se transformado na sucursal do inferno.
Também ajudou a detonar a espoleta daquela pistola a negligência e omissão de seus patrões: apesar de já ter sido vítima de uma ação balaia tresloucada e irresponsável comandada pelo ex-chefe da espoliada Coliseu Renato Dionísio, que apedrejou as instalações do Sistema Mirante, na Avenida Ana Jansen e, também, apesar da recente agressão a um de seus técnicos por um grupo de celerados filhinhos-de-papai, fato ocorrido na porta da empresa, a direção da Mirante jamais mandou instalar câmaras na área externa do prédio. É bem verdade que isso não impediria sua morte, mas poderia tornar mais rápida e mais fácil a identificação dos matadores de aluguel.
Por fim, ajudamos, também, todos nós que, entrando na máquina de fazer doido, essa disputa incessante por projeção social e financeira, incentivamos, estimulamos e abastecemos a corrida rumo ao topo sabe-se lá que quê. Décio, um menino negro e pobre “sem parentes importantes e vindo do interior” – como constava na sua página na internet -, tinha ambições inerentes à sua idade: queria ganhar dinheiro. Muito dinheiro. Queria ajudar a família e dar conforto e tranquilidade para sua mulher e dois filhos. Uma com 8 anos e outro ainda em gestação. Por isso foi usado por políticos, empresários e toda sorte de gente sem escrúpulos que massageavam seu ego enquanto o empurravam para o precipício, fazendo inimigos covardes que planejaram sua morte.
Décio morreu. Ainda tenho náuseas e nojo. Mas, permanece a certeza que os facínoras que pagaram pela sua morte – porque eram covardes para cometer eles mesmos o crime -, jamais calarão a nossa voz. Nem nos incutirão medo.
Que Deus o receba!
 O texto acima foi escrito pelo jornalista Régis Marques. Ele publicou o texto antes no facebook. Abaixo o relato de Régis. com dados do Blog do Itevaldo

Brasil teve 27 crimes contra a imprensa em seis meses, aponta relatório da SIP

 
O assassinato do jornalista Décio Sá repercutiu em vários veículos da mídia nacional e estrangeira, com destaque para os noticiosos da Rede Globo e dos portais dos jornais Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo e Correio Braziliense.
Em relatório divulgado na segunda-feira (23), a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) aponta para um aumento nos casos de assassinatos de jornalistas no Brasil – no período de seis meses, foram registrados 27 casos de crimes e violências contra a imprensa, incluindo assassinatos, agressões e atentados.
A sociedade pede punição aos homicídios e afirma que a morosidade da Justiça estimula a impunidade no Brasil.
No último dia de reunião em Cádiz, na Espanha, a sociedade destacou que, de cinco jornalistas assassinados, três crimes estavam relacionados ao exercício da profissão.
'Governos de origem democrática, porém autoritários, utilizam os meios de comunicação estatais para perseguir e difamar a mídia independente', diz o documento, citando em especial cinco países: 'Venezuela, Equador, Argentina, Bolívia e Nicarágua enfrentam problemas comuns em mãos de presidentes arbitrários e intolerantes que tentam calar a imprensa crítica'.
O Brasil foi representado na Espanha por Paulo de Tarso Nogueira, consultor do jornal O Estado de S. Paulo e integrante da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP.
A 68ª Assembleia-Geral da SIP está marcada em São Paulo, entre os dias 12 e 16 de outubro.
Levantamento – Levantamento do CPJ (Committee to Protect Journalists) divulgado no último dia 17 indica que o Brasil é o 11º país do mundo em que os assassinatos de jornalistas mais ficam impunes.
De acordo com o 'Índice da Impunidade' elaborado pelo órgão, cinco mortes de jornalistas nos últimos 10 anos não resultaram em nenhuma condenação no país.
Duas dessas mortes aconteceram no ano passado: a do dirigente petista e editor Edinaldo Filgueira, do jornal 'O Serrano', que recebeu seis tiros em 15 de junho. O crime aconteceu em Serra do Mel (a 252 quilômetros de Natal), no Rio Grande do Norte.
Segundo o órgão, também não foi solucionada a morte do apresentador de TV e radialista Luciano Leitão Pedrosa, de Pernambuco. Ele também foi alvo de tiros em abril do ano passado na cidade de Vitória de Santo Antão (a 47 quilômetros de Recife).
Neste ano, outros três jornalistas morreram assassinados: Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, editor-chefe do Jornal da Praça, em Ponta Porã (MS); Mário Randolfo Marques Lopes, chefe de reportagem do site Vassouras na Net, em Barra do Piarí (RJ); e Laércio de Souza, jornalista da rádio Sucesso, assassinado em Camaçari (BA).
(Redação do Diário do Mearim,JP com dados de portais)

Quanto custa universalizar o direito à educação?

Com o objetivo de dialogar com o Plano Nacional de Educação (PNE), profissionais da educação e ativistas que atuam com o tema participaram da construção coletiva do livro “Quanto custa Universalizar o Direito à Educação?”. A publicação foi organizada pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e será lançada no dia 25/04, em evento na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, em Brasília.
“O objetivo da publicação é reafirmar que a sociedade civil defende um PNE que garanta a qualidade da educação em todas as suas etapas, até mesmo com financiamento adequado, que para nós significa 10%”, afirma Cleomar Manhas, assessora política do Inesc, doutora em educação, que foi responsável pela organização do livro.
As discussões sobre o PNE se estenderam durante todo o ano de 2011 e o maior debate em torno do tema diz respeito à meta de financiamento público do setor. No livro, este assunto foi tratado por Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, e Luiz Araújo, doutorando em Educação pela USP e especialista em financiamento da Educação. Pelos cálculos apresentados pelos dois especialistas, além dos 5% do PIB já investidos em educação, são necessários mais 5,74%.
“O PNE só será capaz de colaborar com a universalização da educação de qualidade no Brasil se o plano previr um volume adequado de recursos. Caso contrário, daqui a dez anos, o cenário da educação brasileira será pouco diferente do que já é verificado hoje, ou seja, o direito à educação não será efetivamente consagrado, conforme parâmetros constitucionais”, afirmam Daniel e Luiz em artigo publicado no livro.
No lançamento da publicação, dois autores irão tratar sobre assuntos que também são abordados no livro. Alípio Casali, doutor em educação pela PUC-SP e pós-doutor pela Universidade de Paris, fará uma explanação sobre “o que é educação de qualidade”. Alberto Damasceno, doutor em educação pela PUC-SP e coordenador do grupo de estudos em educação e direitos humanos da Universidade do Pará, falará sobre “O novo PNE, a Amazônia e o desafio da educação  como direito humano”, tema em que abordou na publicação ao lado de Émina Santos, doutora em ciências socioambientais pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea), da Universidade Federal do Pará.
Diversidade de assuntos tratados pela publicação
Paulo César Carbonari, doutor em filosofia pela Unisinos e conselheiro nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), escreveu sobre a importância da educação ser “orientada pela diretriz da promoção dos direitos humanos”.  Marisa Vasconcelos Ferreira, doutora em educação pela PUC-SP, trata da falta de qualidade na educação infantil brasileira.
O comitê Diretivo do Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (Mieib)* aborda o direito da criança à educação infantil pública e defende a necessidade de uma atenção especial “a educação da criança de 0 a 3 anos de idade”. Cristina Almeida Magela Costa, especialista em educação e diretora da Escola Classe 312 Norte, escreveu o artigo “O que significa educação de qualidade no cotidiano escolar?”.
Márcia Acioli, mestre em educação pela UnB e assessora política do Inesc, e Isabel Amorim, integrante do projeto Onda: adolescentes em movimentos pelos direitos, trataram sobre a necessidade de se tornar a educação escolar uma experiência pautada pela alegria e encantamento. Maria Margarida Machado, doutora em educação: historia, política, sociedade pela PUC-SP, fala sobre a “educação de jovens e adultos e os desafios no PNE”.
Pedro Pontual, doutor em educação pela PUC-SP e diretor de participação social da Secretaria Nacional de Participação Social da Secretaria Geral da Presidência da República, revisita parte do legado de Paulo Freire e da educação popular. Virgílio Leite Uchôa, secretário executivo do Movimento de Educação de Base (MEB), apresenta o método “Ver, Julgar, Agir e Rever”, que visa educar pessoas excluídas e não alfabetizadas.
*Comitê formado por: Mariéte Félix Rosa, doutoranda em Educação pela Feusp; Vilmar Klemar, especialista em história do Brasil e mestrando em educação; Marlene Oliveira dos Santos, mestre em educação pela Universidade Federal da Bahia; Maria Luzinet Moreira, pedagoga pela PUC-Rio; Maria Luiza Rodrigues Flores, doutora em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
FONTE: Inclusão e Cidadania

quarta-feira, 25 de abril de 2012

JORNALISTAS BACABALENSES LAMENTAM MORTE DE DECIO SÁ

Profissionais da imprensa de Bacabal reuniram-se na manhã desta quarta-feira (25) na Praça Santa Terezinha em um ato de protesto contra o assassinato do blogueiro e jornalista Décio Sá.

Na ocasião, os profissionais que puderam comparecer realizaram um pronunciamento em carro de som, fizeram uma oração e elaboraram uma nota de repúdio que será entregue ao poder legislativo municipal e estadual.

Este jornalista que vos escreve, apesar de não ter comparecido ao evento, apoia integralmente esta iniciativa.

Décio foi assassinado com tiros a queima roupa em um bar na avenida Litorânea, em são Luis - MA, por volta de 23 horas da última segunda-feira (23). Pelas características tudo leva a crer que foi crime de encomenda, pois o jornalista constantemente publicava denúncias sobre falcatruas de políticos e empresários. Clique aqui para saber mais detalhes sobre este crime.



NOTA DA IMPRENSA DE BACABAL EM REPÚDIO AO ASSASSINATO DO JORNALISTA DÉCIO SÁ

A classe da Imprensa bacabalense, que reúne jornalistas, apresentadores, repórteres, blogueiros, proprietários de carro de som, bike som, etc, representados por todas as pessoas que fazem a notícia em Bacabal e região vem através deste documento pedir providências à Justiça maranhense e brasileira na resolução do caso em que tiraram covardemente a vida do jornalista e blogueiro Décio Sá.

O ato foi covarde, tiraram a vida, mas não vão calar a voz de todo um povo. Queremos que os poderes deste Estado mudem a realidade, onde internacionalmente o Brasil é o 11º país em que morrem jornalistas e nada é feito para a elucidação dos fatos. Na certeza de vermos a justiça deste Estado dar uma resposta positiva à toda classe jornalística e à população maranhense. Assinamos.
FONTE:Castro Digital


Profissionais da imprensa de Bacabal

Clique aqui para ver mais fotos no site Cuxá

Retrato falado revela que assassino de Décio Sá tem características indígenas

O Disque Denúncia do Maranhão divulgou nesta terça-feira (24), informações sobre o principal suspeito de matar o jornalista Décio Sá. De acordo com o retrato falado, o assassino possui características indígenas.

Uma campanha para a identificação e localização do assassino do jornalista e blogueiro Décio Sá. O Instituto Brasileiro de Combate ao Crime (IBCC), responsável pelo gerenciamento da Central Disque Denúncia no Brasil, recebeu doações privadas no total de R$ 100 mil para pagamento de recompensa, por informações que levem a elucidação do caso.

O crime aconteceu na noite da última segunda-feira (23). O jornalista estava em um bar e restaurante localizado na Praia de São Marcos, Avenida Litorânea, quando foi atingido por seis tiros, sendo quatro na cabeça e dois nas costas.

O atirador, que segundo informações teria características indígenas, após ter cometido o crime, fugiu em uma motocicleta. O Disque Denúncia do Maranhão já recebeu dez informações sobre o fato. Todas as denúncias estão sendo encaminhadas à Delegacia de Homicídios, que está à frente das investigações do caso.

Quem tiver informações que ajudem a polícia no esclarecimento da morte do jornalista, ligue para os números do Disque-Denúncia: (98) 3223 5800 - capital (MA) e 0300 313 5800 - interior (MA), ou ainda 0300 253 1177 - custo de uma ligação local para todo o Brasil.

O serviço garante o total anonimato no momento da ligação e o
funcionamento 24 horas. Ajude a polícia esclarecer este caso. Ligue e denuncie, o anonimato é garantido.
FONTE: O Imparcial


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Pesquisa quer abrir passagem para Flávio Dino

Do: blog do Luis Cardoso

Pesquisa registrada pelo instituto Escutec, um dos mais sérios do Maranhão, aponta para abertura de caminho para trazer ao cenário da sucessão do prefeito João Castelo o presidente da Embratur, Flávio Dino.

O ex-deputado federal, um dos mais brilhantes no mandato pelo Maranhão, tem dito que não quer ser candidato, apesar de todo favoritismo em todas as pesquisas.

No entanto, alguns amigos mais próximos de Dino defendem que ele saia candidato agora para vencer a eleição no primeiro turno e se fortaceler para 2014.

O presidente da Embratur tem se mantido em silência desde a morte prematura de seu filho Marcelo. Nada fala sobre política do Maranhão.

Mas é estranho que a Escutec tenha relacionado seu nome entre os pré-candidatos. Amigo muito próximo de Flávio Dino revelou hoje ao blog que teremos uma grande surpresa na segunda quinzena de maio. Vamos aguardar.

Maranhão tem só quatro radioterapeutas para cânceres

  Maranhão conta com apenas quatro radioterapeutas. Investimentos do Governo Federal para renovar centros de tratamento oncológicos não contempla recursos humanos. (Neidson Moreira/O IMP/D.A PRESS) 
Faltam médicos radioterapeutas no Maranhão. A confirmação é da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC - Regional Nordeste). São apenas quatro profissionais com a especialidade para atender o Estado e seriam necessários pelo menos mais quatro. O radioterapeuta é um oncologista especializado em radioterapia e é o responsável pela administração de radiação no organismo com câncer. "Se faz necessária uma distribuição mais igualitária destes profissionais e estímulo a residência onde exista o aparelhamento e a especialidade para desempenho da função", destacou o presidente da SBOC Nordeste, Eriberto Queiroz Marques. No Maranhão, a demanda de pacientes é, em média, três mil por ano em novos casos diagnosticados, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Destes, entre 20% e 30% necessitam submeter-se à radioterapia. São 225 doentes para um radioterapeuta. O Inca estima seis mil novos casos no estado este ano.

Para toda esta demanda o Maranhão possui apenas dois hospitais no tratamento de câncer: o Hospital Tarquínio Lopes Filho - Hospital Geral, do Governo do Estado; e o Hospital Aldenora Belo, administrado pela Fundação Antônio Jorge Dino e único de referência e especifico para tratamento de câncer. O Hospital Geral atua desde 2006 na oncologia clínica e cirúrgica com Serviço de Pronto Atendimento 24 horas e conta com equipe de 20 profissionais, sendo que, destes, apenas três com formação oncológica e nenhum radioterapeuta. No mês de março foram realizados 573 atendimentos em oncologia e registradas 64 internações.

Os números correspondem à média de 11% do total de atendimentos do hospital, que além do câncer trata outros tipos de doenças. Porém, mais de 80% da demanda do estado em doentes de câncer é acolhida no Hospital Aldenora Belo, especializado e estruturado para tratar mais de 200 tipos deste mal com atenção 24 horas em oncologia cirúrgica, quimioterapia e radioterapia. A equipe de 13 médicos oncologistas conta com quatro radioterapeutas - os únicos de todo o estado. Ainda este ano, mais um oncopediatra se somará ao quadro médico.
"Hoje o maior impasse do hospital são os equipamentos.

Precisaríamos de reforço neste ponto para atender satisfatoriamente à demanda. Mas, quanto a profissionais, não temos déficit", afirma a diretora técnica e radioterapeuta do Hospital Aldenora Belo, Silvia Feitosa. Os números do hospital são condizentes com a estrutura preparada para atendimento.

Só ano passado foram realizados 359.999 atendimentos ambulatoriais (consultas, exames, cirurgias, internações e demais serviços médicos). Atualmente, a demanda para radioterapia é de 250 pacientes, mas há 200 na fila de espera.

"Não há legislação prevendo direitos diferenciados para este profissional, mas ele é menos demandado com plantões e se ocupa dos atendimentos ambulatoriais", explica Silvia Feitosa.
Para suprir a falta de radioterapeutas seria necessária a soma do que o presidente da SBOC Nordeste classifica de "requisitos em equipamentos": acelerador linear (máquina que realiza o exame de radioterapia), bomba de cobalto, braquioterapia e a distribuição igualitária destes profissionais nas unidades. Enquanto faltam radioterapeutas, sobram oncologistas clínicos, compara Eriberto Marques. Nas residências médicas da Regional Nordeste, a média é de 120 oncologistas por etapa e são realizadas pelo menos três residências por ano. Tal número, afirma Marques, garante um contingente satisfatório destes profissionais para atender a demanda. "Ao menos neste setor não existe carência", enfatizou o presidente da SBOC Nordeste.

Fluxo do interior

Outro impasse na eficácia do atendimento é o índice de pacientes vindos do interior, o que representa atualmente metade de toda a demanda. São pacientes que chegam com a doença em estágio bastante avançado, pouco informados e por vezes sem condições mínimas para seguir corretamente o tratamento que dura no mínimo dois meses. "As ações de prevenção no interior do estado ainda são bem precárias", observa Silvia Feitosa. As acomodações para este público também são um desafio a cumprir pelo hospital: não há onde acolhê-los. A capital mantém uma casa de apoio adulto e outra infantil, cada uma com 25 leitos, servindo refeições diárias e oferecendo acompanhamento médico e assistência 24 horas. O hospital possui dois aparelhos de radioterapia e deve ganhar mais um ainda este ano.

O Hospital Aldenora Belo é mantido pelos atendimentos realizados via Sistema Único de Saúde (SUS) em 85%, convênios em 12%, consultas particulares em 2% e o restante apoio da comunidade que faz doações. As casas de apoio acolhem pacientes do interior do estado e são mantidas pelo serviço de telemarketing que arrecada donativos via contato com o usuário. O hospital é enquadrado como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), em acordo com a política nacional oncológica do Ministério da Saúde.


Sensibilidade no trato

"Nós temos um preparo maior que outros profissionais da saúde para lidarmos com os pacientes de câncer. E apesar da atividade diária e do contato constante, não há como se acostumar com o problema", diz a médica radioterapeuta Silvia Feitosa. Ela é um dos quatro únicos profissionais no Maranhão com a especialidade oncológica. A demanda para a classe é alta: um atendimento a cada 15 minutos, que acaba aumentando devido à escassez desse especialista. Atuando no Hospital Aldenora Belo, Silvia diz que a equipe dispensa ao paciente um atendimento geral que vai da orientação, passando pela informação de questões como expectativas de vida, efeitos do tratamento e etapas de recuperação. A médica aponta a falta de equipamentos como maior obstáculo para oferecer atendimento eficaz. "Precisaríamos de mais uma máquina para realizar exames de radioterapia e teríamos então condições plenas de atender a demanda de quem nos procura", disse a médica.


Déficit

O salário desta categoria de profissional oscila entre R$ 8 mil para oncologista clínico e R$ 20 mil para radioterapeuta. São atividades profissionais bastante valorizadas quanto à formação e também especialidade. O debate da falta de oncologista radioterapeutas veio à tona após anúncio do Governo Federal sobre liberação de recursos da ordem de R$ 505 milhões para os hospitais da rede de unidades oncológicas do Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos serão aplicados em infraestrutura (R$ 325 milhões) e na compra de aceleradores lineares, equipamentos usados para radioterapia (R$ 180 milhões). Em contraponto, profissionais da área reclamam a necessidade de mais oncologistas e raditerapeutas.

O diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Luiz Antonio Santini, em audiência pública na Câmara dos Deputados, afirmou ser o maior problema da oncologia no país a falta de recursos humanos. Segundo ele, há déficit de médicos, principalmente nas especialidades que tratam o câncer, tanto em capitais quanto em regiões mais distantes.


Demanda

Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, 135 dos 269 hospitais habilitados em alta complexidade em oncologia no Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem serviços de radioterapia. Há ainda 13 serviços funcionando fora de hospitais. No total, a rede pública responde por 75% de todos os atendimentos no país voltados para essa área. Só nos primeiros meses deste ano foram identificados 260 mil casos de câncer em mulheres, dos quais 27% são de mama e de colo do útero. O combate a esses dois tipos de câncer é considerado prioridade pela pasta. A previsão, de acordo com o ministério, é que nos próximos cinco anos sejam adquiridos 80 aceleradores lineares, expandindo o acesso ao tratamento para mais 28.800 pacientes ao ano. O Brasil tem projetos para instalação de fábrica destinada à produção nacional desse tipo de equipamento, datada para entrar em atividade em 2015, segundo o Ministério da Saúde.
FONTE: Sandra Viana - O imparcial

Ministro do Desenvolvimento Agrário visita estande do Arca das Letras na Bienal do Livro


Ministro do Desenvolvimento Agrário visita estande do Arca das Letras na Bienal do Livro

Foto: Andrea Farias

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, visitou nesta sexta-feira (20), o estande do programa Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) na 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura de Brasília. Recebido pela coordenadora geral de Ação Cultural do MDA, Cleide Soares e pelo Secretário de Cultura do GDF, Hamilton Pereira, o ministro foi prestigiar as doações feitas para as bibliotecas rurais e cumprimentou os jovens que entregaram livros para o programa. “O Arca das Letras visa levar o ato de ler e o acesso aos livros a um universo maior da população rural brasileira. O objetivo é estimular a leitura”, explicou.

No estande do MDA, Pepe Vargas agradeceu a todas as pessoas e instituições que fazem doações ao Arca das Letras e destacou a importância da participação na Bienal.“O MDA e o Arca das Letras não poderiam deixar de estar presentes. A doação é um gesto, de solidariedade, maravilhoso. Esses livros vão permitir que muita gente tenha acesso à leitura”, ressaltou. O ministro,  também, entregou álbuns de figurinhas da Copa do Mundo às crianças de escolas públicas que foram conhecer o estande.

As estudantes Lívia Maria e Alice Sereno foram ao estande do MDA doar livros didáticos ao Programa. “É uma oportunidade de fazer circular os livros que eu já li e dar a chance de outras pessoas aprenderem com eles”, comentou Alice. As estudantes aproveitaram a oportunidade para deixar recados para os novos leitores. “Deixamos bilhetinhos nos livros incentivando as pessoas a ler. Acho importante levar o livro a quem não tem acesso para que eles possam conhecer e gostar de ler”, completa Lívia.

Para o professor de biblioteconomia aposentado da Universidade de Brasília (UnB), Sebastião de Souza, que compareceu ao estande, o projeto é mais uma oportunidade de acesso ao saber, além de um grande incentivo ao conhecimento.“É uma ideia prática e fácil de motivar a leitura. Com o Arca, a biblioteca fica mais acessível e muitas pessoas podem conhecer uma biblioteca pela primeira vez na vida”, ressalta.
Arca das Letras
Criado em 2003, o Programa pretende incentivar e promover o acesso à leitura em comunidades rurais. Até o momento, mais de 8,7 mil bibliotecas foram implantadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário em todo o Brasil.  Famílias de agricultores, assentados da reforma agrária, pescadores, quilombolas, indígenas e populações ribeirinhas são beneficiadas pela iniciativa.

As bibliotecas são instaladas em locais de acesso público, como associações, ou em casas de trabalhadores voluntários do programa, conhecidos como Agentes de Leitura. São eles os responsáveis pelo empréstimo dos livros e pelas campanhas de ampliação das coleções.

A ação conta com mais de dois milhões de livros, todos conseguidos por meio de doação. Os acervos, armazenados em móveis-bibliotecas, denominadas de arcas, possuem títulos da literatura brasileira e estrangeira, material didático, histórias em quadrinhos e publicações técnicas, entre outras opções. 
FONTE: MDA